.

quinta-feira, 20 de março de 2008

As mudanças que o BBB tem feito na vida do brasileiro.

Semana dessas quando estavam frente à frente no paredão Marcelo e Rafinha, e o Bial anunciou que a votação já ultrapassava a casa dos 44 milhões de votos, comecei a questionar o que leva um terço da população a assistir ao BBB e torcer para que um dos confinados depois de 14 semanas leve um milhão de reais?
Acredito que a resposta mais lógica é o fato de que a programação das emissoras de televisão esteja tão pobre de atrações, que o telespectador fica mesmo esperando a hora de ver pessoas comuns aprisionadas em uma bela mansão a atuar como artistas sem papel, sem coreografia, sem cortes de edição, ou a interferência de alguém a escrever o que eles irão dizer, e vê-los atuando seus papéis com um desempenho que vai do regular ao muito bom.
Curioso é notar que já são oito BBB´s e os escolhidos ainda não perceberam que a função deles é indicar algum dos confinados para o paredão e cabe ao público de casa ou internauta a função de escolher o queridinho que ficará na casa por mais uma semana, enquanto o outro deixa de concorrer ao prêmio máximo de um milhão de reais.
Confesso que no começo do programa, e isso há alguns anos atrás eu achava a maior bobagem ver as pessoas ali confinadas, conversando, dialogando, participando de festas, se embebedando, discutindo relações, tendo casos amorosos de ocasião, e torcendo para que um deles saia da casa em beneficio de outros. Entretanto, com o passar do tempo, aproveitei para averiguar melhor a minha posição e ver através das atitudes dos confinados como eles vivem essa relação às vezes tempestuosa ou de “jogo de cintura”, tendo que driblar habilmente alguns confinados e evitar dissabores lá dentro. Até porque a vida aqui fora também é um jogo, onde você não leva ninguém para o paredão mas acaba desperdiçando chances ou amizades através de atos e atitudes impensadas.
É claro que em relação ao paredão citado acima, torci muito para que o confinado Rafinha continuasse no jogo, porque as atitudes do Marcelo estavam me desagradando, e queria acreditar que ele também estivesse irritando o Brasil de uma maneira geral. Porque não é comum a uma pessoa que mal entra na casa confiar ou contar um segredo como aquele a uma pessoa e fazer desse segredo uma arma para que sensibilizar o público brasileiro, ao dizer que ele era gay.
Não tenho nada contra os GLS, já que é uma opção sexual que só lhes diz respeito no entanto ao final do programa pude perceber que o brasileiro é um poço paradoxal ao votar de forma tão diferente em relação a outros confinados. Se desejam ver um exemplo posso citar a Bianca, que por ter um modo de vida completamente diferente, foi vítima de um paredão anterior enquanto o Marcelo foi caindo no gosto do público, portanto eis aqui um paradoxo.
Mas finalmente, o público começou a reagir de forma mais centrada em atitudes e deu ao Rafinha condições para que ele continuasse na disputa, creio que essa votação como a do Alemão no BBB7, mostram que o brasileiro está amadurecendo mais em relação ao que se passa diante dos olhos, e desejo crer que nas próximas eleições muitas mudanças possam ocorrer, como o fim de velhos conhecidos da política nacional, que já estão desgastados por esse mar de lama que vem sendo despejado pelos noticiários dos telejornais nacionais.
O brasileiro é pacífico, ordeiro, reto e deseja tão somente transparência, honestidade e justiça, e que todo esse conjunto de fatores sejam essenciais para mudanças no cenário político nacional, estadual e municipal. Já que a corrupção que assola o país em todas as esferas tem desgastado e deixado à população a míngua de benefícios e melhorias da qualidade de vida. Porque um homem público que se preza não deveria estar preocupado com esquemas de corrupção, mas sim com o bem-estar da população, e o que vemos hoje em dia, são notícias tristes sobre uma possível epidemia de dengue em algumas regiões brasileiras notadamente, no município de Campos, e cidade do Rio de Janeiro.

* O autor é Bacharel em Comunicação Social com especialização em Jornalismo pela Faculdade de Filosofia de Campos.

0 Comentários:

Postar um comentário

<< Home